Menos marra, mais bola: o efeito Ancelotti no Brasil

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Foram animadores os primeiros passos de Carlo Ancelotti no comando da seleção brasileira.
Contra o Equador, é verdade, acompanhamos um jogo bagunçado, com poucas conclusões positivas.
Mas ao menos a solidez defensiva, que há tempos não víamos por aqui, apareceu como um alento.
Já contra o Paraguai a evolução foi bem mais visível.
E não falo apenas da parte tática ou técnica, mas sim da postura dos nossos jogadores.
Pela primeira vez em muito tempo, vimos uma equipe com vontade real de competir, de se provar.
A impressão é de que os atletas, quase todos acostumados ao altíssimo nível do futebol europeu, não levavam a sério os técnicos que saíam dos clubes brasileiros para comandar a seleção.
Talvez até se sentissem superiores aos professores que vieram depois de Tite.
Mas com Ancelotti, a história mudou.
O italiano não chega a ser um Pelé dos técnicos.
Mas dá, sim, para colocá-lo na prateleira de um Messi ou de um Cristiano Ronaldo do ofício.
Um nome que impõe respeito e que obriga os boleiros a deixarem a marra de lado e correrem atrás da bola e da vaga no time.
E isso, quem sabe, pode ser o começo de uma boa história.
A geração atual está longe de ser brilhante, é verdade.
Mas temos, sim, jogadores que, com MUITO empenho em campo, são capazes de encarar de igual para igual as melhores seleções do planeta.
No mínimo, dá para empatar!
Agora, algo curioso me chamou a atenção depois desses dois primeiros testes de Ancelotti: já surgiu uma turma crítica da chamada "Ancelotti-mania".
"Ah, o cara vem de fora e já estendem o tapete vermelho pra ele", ouvi por aí.
Bem, aí é bom lembrar que o brasileiro adora um oba-oba.
Tivemos, só este ano, oba-oba até para craque voltando ao Brasil visivelmente a passeio.
Então por que não se empolgar com um técnico multicampeão, respeitado no mundo inteiro e que, veja só, já começa dando sinais de organização em campo?
Aliás, se Ancelotti conseguir o que hoje parece impossível, que é ganhar a Copa do Mundo no ano que vem, é bom os críticos se prepararem.
Vão querer mudar até a Constituição para permitir que um estrangeiro dispute a Presidência da República!
E, sinceramente?
Seria até justo.
Se ele conseguir fazer essa seleção jogar bola, imagine só o que não faria com um país cheio de potencial como o nosso... (risos).
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