Uma Copa do Mundo de clubes dentro de um país em colapso moral e estrutural

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O que está acontecendo nos Estados Unidos às vésperas do badalado torneio da Fifa tem nome. Pois vejamos. A polícia imigratória de Trump sai pelas ruas em busca de pessoas que ela considera ilegais. Basta a aparência e nada mais. São pessoas suspeitas de falta de documentação. A suspeição tem sido suficiente para a prisão e a deportação.
Nesse fim de semana a polícia imigratória, conhecida como ICE, varreu Los Angeles atrás de imigrantes. Esteve em uma loja de departamento, em uma loja de donuts e em uma grande loja de varejo de roupas. Causou terror e terminou os trabalhos com 121 detidos. Os losangelinos e as losangelinas foram às ruas protestar e Trump respondeu enviando 2.000 homens armados como se fossem a uma guerra contra um país inimigo. Na costa leste os protestos ganham força e Trump dobra a aposta enviando mais polícia para as ruas.
Os Estados Unidos estão rapidamente se tornando um estado policial. Todas as características do fascismo estão agora oficialmente em operação. A estrutura está montada e o passo a passo a partir daqui pode ser o seguinte:
- A população seguirá se insurgindo contra o autoritarismo
- Trump decreta estado de emergência
- A força policial passa a ser usada legalmente contra os insurgentes
- Pessoas serão tiradas de suas casas e jogadas em campos de detenção
- O estado de sítio é instalado. Trump suspende o que resta de democracia. O país é oficialmente dele e de sua turma.
A Fifa faz o quê? Nada. Fecha os olhos. Mas baixa o preço dos ingressos em até 85% porque não existe interesse local por esse torneio. Zero interesse praticamente. O país derrete, e a Fifa quer festa; reserva à Rússia e a mais ninguém seu porrete moral.
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