Milly Lacombe

Milly Lacombe

Siga nas redes
Só para assinantesAssine UOL
OpiniãoEsporte

Uma Copa do Mundo de clubes dentro de um país em colapso moral e estrutural

O que está acontecendo nos Estados Unidos às vésperas do badalado torneio da Fifa tem nome. Pois vejamos. A polícia imigratória de Trump sai pelas ruas em busca de pessoas que ela considera ilegais. Basta a aparência e nada mais. São pessoas suspeitas de falta de documentação. A suspeição tem sido suficiente para a prisão e a deportação.

Nesse fim de semana a polícia imigratória, conhecida como ICE, varreu Los Angeles atrás de imigrantes. Esteve em uma loja de departamento, em uma loja de donuts e em uma grande loja de varejo de roupas. Causou terror e terminou os trabalhos com 121 detidos. Os losangelinos e as losangelinas foram às ruas protestar e Trump respondeu enviando 2.000 homens armados como se fossem a uma guerra contra um país inimigo. Na costa leste os protestos ganham força e Trump dobra a aposta enviando mais polícia para as ruas.

Os Estados Unidos estão rapidamente se tornando um estado policial. Todas as características do fascismo estão agora oficialmente em operação. A estrutura está montada e o passo a passo a partir daqui pode ser o seguinte:

  1. A população seguirá se insurgindo contra o autoritarismo
  2. Trump decreta estado de emergência
  3. A força policial passa a ser usada legalmente contra os insurgentes
  4. Pessoas serão tiradas de suas casas e jogadas em campos de detenção
  5. O estado de sítio é instalado. Trump suspende o que resta de democracia. O país é oficialmente dele e de sua turma.

A Fifa faz o quê? Nada. Fecha os olhos. Mas baixa o preço dos ingressos em até 85% porque não existe interesse local por esse torneio. Zero interesse praticamente. O país derrete, e a Fifa quer festa; reserva à Rússia e a mais ninguém seu porrete moral.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.