Final de Roland Garros mostra longo caminho à frente de Fonseca

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João Fonseca é um grande e raro talento. Ponto. Indiscutível. Seus feitos aos 18 anos são comparáveis ao que Carlos Alcaraz e Jannik Sinner fizeram quando tinham a mesma idade. Também é justo estabelecer tal relação. Ajuda tanto para mostrar o quão precoce é o brasileiro quanto para sugerir que, mantendo sua evolução, João pode vir a brigar por coisas grandes como títulos de slam e a liderança do ranking mundial. Pode. Talvez. Tempo futuro.
Hoje, Alcaraz (22 anos) e Sinner (23) estão muito acima. O nível mostrado por ambos durante as 5h29min da final deste domingo, em Roland Garros (e também ao longo das duas semanas de torneio), deixou claro que ambos estão uma prateleira acima de seus companheiros de profissão - à exceção de Novak Djokovic, que, ainda assim, levou 3 sets a 0 do italiano na semifinal.
Para nós, brasileiros, justificadamente empolgados com a ascensão de Fonseca, o jogão de domingo também deixou um recado cristalino: o carioca ainda tem muito a evoluir para alcançar Carlitos e Jannik. Em seus grandes dias, João consegue competir com a maioria do circuito. Vencer, nem sempre. E estar perto de títulos grandes, como Masters 1000 e slams, ainda não aconteceu.
A derrota para Jack Draper - que, por sua vez, perdeu para Bublik, que, por sua vez, foi atropelado por Sinner - foi uma pequena amostra do quanto Fonseca tem a evoluir em diversos aspectos. Físico, leitura de jogo, devolução, consistência técnica e mental... A final de Roland Garros mostra Alcaraz e Sinner ainda muito distantes em todos esses aspectos.
É óbvio que João pode chegar lá. Se é justo comparar seus feitos aos das versões adolescentes de Alcaraz e Sinner, também é justo apontar que espanhol e italiano evoluíram um bocado nos últimos 4-5 anos. O brasileiro pode e tem o potencial para fazer o mesmo. Mas que ninguém ache - ou espere - que isso vai acontecer da noite para o dia. O caminho é longo e sem muita margem para desvios. Ainda que uma viagenzinha a Ibiza não faça mal a ninguém...
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