Brasil e mais: quais seleções de ponta têm técnico estrangeiro?

Italiano Carlo Ancelotti é o primeiro técnico estrangeiro da seleção brasileira em 60 anos Imagem: Vítor Silva/Botafogo

Ao entregar a seleção nas mãos do italiano Carlo Ancelotti, o Brasil entrou para o mesmo grupo de Inglaterra, Portugal, Bélgica, Uruguai, Colômbia e Estados Unidos.

Esses são os outros seis países integrantes do top 20 do ranking da Fifa que têm hoje um treinador estrangeiro no comando de suas equipes nacionais.

No Brasil, a contratação do ex-comandante do Real Madrid significa o fim de um tabu de 60 anos desde que a equipe canarinho foi dirigida pela última vez por um técnico importado do exterior -no caso, o argentino Filpo Núñez.

Ancelotti estreia nesta noite à frente de Vinícius Jr., Raphinha, Casemiro e cia. O confronto contra o Equador, a partir das 20h (de Brasília), em Guayaquil, é válido pela 15ª rodada das eliminatórias sul-americanas da Copa do Mundo-2026.

Inglaterra já se acostumou com importados

Assim como aconteceu com o Brasil, a Inglaterra também passou muito tempo refutando a ideia de ter um técnico estrangeiro na liderança da sua seleção. Só que hoje abraçou completamente a prática.

Foi só em 2001 que o sueco Sven-Göran Eriksson se tornou o primeiro gringo a dirigir o "English Team". Ele passou cinco anos no cargo e já emplacou dois "sucessores": o italiano Fabio Capello (2008 a 2012) e o alemão Thomas Tuchel, desde o ano passado.

O Uruguai é a outra seleção campeã mundial, além de Brasil e Inglaterra, com treinador importado. Mas por lá essa é uma filosofia ainda bastante rara.

No cargo desde maio de 2023, o argentino Marcelo Bielsa é só o segundo estrangeiro a comandar a "Celeste Olímpica". E o primeiro, Daniel Passarella, também da Argentina, passou pelo cargo entre 1999 e 2001 sem deixar grandes marcas.

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Ainda é tabu

Na Argentina, na Itália e na Alemanha, três das mais vitoriosas escolas da história, empregar um técnico estrangeiro continua sendo um tabu difícil de ser derrubado.

Os atuais campeões mundiais até já foram dirigidos por treinadores de fora (o espanhol José Lago Millán e o italiano Felipe Pascucci), mas isso aconteceu entre as décadas de 1920 e 1930, bem antes da sua primeira conquista de uma Copa.

Os italianos chegaram a entregar parcialmente a Azzurra para o argentino Helenio Herrera, bicampeão europeu com a Inter de Milão, na metade dos anos 1960. Mas ele não trabalhava sozinho, mas sim em dupla com um treinador local, Ferruccio Valcareggi, que ficou bem mais tempo no cargo sozinho e até se sagrou vice-campeão mundial em 1970.

Já a Alemanha não teve nem esse "arranjo". Todos os 12 técnicos da história da sua seleção (sim, você não leu errado, esse número está correto) são genuinamente germânicos.

Principais seleções com técnico de fora

BRASIL: Carlo Ancelotti (ITA)
INGLATERRA: Thomas Tuchel (ING)
PORTUGAL: Roberto Martínez (ESP)
BÉLGICA: Rudi Garcia (FRA)
URUGUAI: Marcelo Bielsa (ARG)
COLÔMBIA: Néstor Lorenzo (ARG)
ESTADOS UNIDOS: Mauricio Pochettino (ARG)

Reportagem

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