Presidente do Porto já foi 'novo Mourinho' e quase treinou o São Paulo
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André Villas-Boas é um treinador português que fez sucesso na década passada. Ele ganhou a Liga Europa, dirigiu Tottenham, Chelsea e Zenit São Petersburgo e chegou a ter um flerte bem avançado com o São Paulo para trabalhar no Brasil.
Mas, desde maio de 2024, o compatriota de Abel Ferreira está oficialmente aposentado da função que o tornou conhecido.
Apesar da perspectiva de uma longa carreira pela frente, o português de 47 anos decidiu trocar o banco de reservas pela cadeira de presidente do Porto, adversário da estreia do Palmeiras no Mundial de Clubes da Fifa, hoje, a partir das 19h (de Brasília), em Nova Jersey.
Foi Villas-Boas quem acabou com o longo e conturbado domínio de 42 anos de Jorge Nuno Pinto da Costa no comando dos "Azuis e Brancos". O antigo presidente, sobre quem pairavam várias denúncias de corrupção, morreu em fevereiro passado, nove meses depois de perder a eleição para seu antigo funcionário.
Cria do Porto
Integrante de uma família de aristocratas e descendente direto de fundadores do Porto, Villas-Boas começou a fazer parte do cotidiano da equipe portuguesa ainda na adolescência.
É a famosa a história da carta que o hoje presidente portista enviou ao técnico Bobby Robson, quando tinha 16 anos, sugerindo algumas alterações táticas que ele poderia fazer. O inglês gostou das ideias do garoto e passou a "apadrinhar" sua entrada no meio do futebol.
Villas-Boas trabalhou em todas as categorias da base do Porto, dirigiu a seleção das Ilhas Virgens Britânicas e era auxiliar direto de José Mourinho quando ele estourou no cenário internacional.
Em 2009, na segunda temporada do chefe pela Inter de Milão, seu pupilo resolveu que era hora de se arriscar como treinador solo e assumiu o comando do Acadêmica de Coimbra. Automaticamente, ganhou os apelidos de "Special Two" e "novo Mourinho".
Depois desse primeiro trabalho, vieram Porto, Chelsea, Tottenham, Zenit São Petersburgo, Shanghai SIPG (hoje Shanghai Port) e Olympique de Marselha até a consolidação do desejo de retornar para "casa" em uma função mais gerencial, mandando em tudo.
Início complicado
Só que a primeira temporada de Villas-Boas como dirigente não tem sido nada tranquila. Pelo contrário, o Porto tem passado por um turbilhão de instabilidade raramente visto no estádio do Dragão.
Os lusos não conquistaram nenhum título importante em 2024/25 (só a Supertaça de Portugal, que tem pouco valor por lá) e têm um aproveitamento de 62,6% dos pontos disputados, o pior do clube nas duas últimas décadas.
Em um ato de desespero, o comando do futebol portista aproveitou a janela de transferências de janeiro para trocar técnico (Vítor Bruno deu lugar ao argentino Martín Anselmi) e sete jogadores -os meias Nico González (Manchester City) e Galeno (Al-Ahli) foram as saídas mais expressivas. Só que as mudanças foram insuficientes para a equipe reagir.
Para o Mundial, a aposta de dias melhores para o adversário do Palmeiras é a chegada do meia espanhol Gabri Veiga, contratado por 15 milhões de euros (R$ 96,3 milhões) também do Al-Ahli, da Arábia Saudita.
O novo Mundial
A primeira edição da versão turbinada do Mundial de Clubes começou ontem e vai até o dia 15 de julho. Todos os jogos serão disputados nos EUA, país que também receberá a Copa do Mundo-2026, mas aí com a companhia de Canadá e México na organização.
Dos 32 times participantes, todos campeões continentais ou com campanhas de destaque ao longo do ciclo entre 2021 e 2024, quatro são brasileiros: Palmeiras, Flamengo, Fluminense e Botafogo, justamente os últimos vencedores da Copa Libertadores da América.
Além do Palmeiras, o Botafogo também estreia hoje, contra o Seattle Sounders, mas um pouco mais tarde, a partir das 23h (de Brasília). Amanhã, o Flamengo mede forças com o Espérance. E o Fluminense completa a participação verde e amarela na primeira rodada frente o Borussia Dortmund, na terça.
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