Joyce Pascowitch: 'Se você quer ser relevante, você cutuca pessoas'

Convidada do "Desculpa Alguma Coisa", videocast de Tati Bernardi no Canal UOL, a jornalista Joyce Pascowitch analisou como era o trabalho como colunista social na Folha de São Paulo.

Joyce comentou a diferença desse trabalho nos anos 80 para os dias de hoje. "Hoje eu fico feliz porque não escrevo pra cutucar ninguém. Mas naquela época, direto. Não é que eu escrevia pra cutucar, mas quando você tem um trabalho desse, você acaba cutucando. Se você quer ser relevante, se você é curiosa que nem eu sou, é difícil no dia a dia, em uma coluna diária, você administrar o que pode e o que não pode. Cansou. É pesado, é chato e chegou uma hora que falei: O que que adianta?".

Pascowitch diz como descobria fofoca de políticos: 'Tomei gosto pela coisa'

Joyce analisou como era trabalhar na coluna. "Dei o furo da Operação Uruguai, história do Fernando Collor, o começo do impeachment (...). Eu conhecia um monte de político, eu tomei gosto pela coisa. Ia uma semana sim, uma semana não para Brasília, frequentava os restaurantes que eles iam, ficava hospedada no lugar em que eles moravam... Eu me virava, fuçava. Imagina, no dia da votação do impeachment eu estava dentro do plenário, não podia! O Itamar estava em casa e o assessor dele, era o Lúcio, eu estava do lado desse Lúcio e ele passando tudo para Itamar por telefone. Ia me enfiando, sou assim até hoje."

Joyce Pascowitch diz que era 'chefe horrível': 'Apelido era tirana power'

A jornalista comentou como era o trabalho enquanto chefe. "Eu era uma chefe horrível. Meu apelido era 'tirana power.' Eu caí de paraquedas na Folha, imagina o nível de exigência. Não é desculpa, mas é a maneira que eu conseguia levar aquilo. E muito chato dar muita ordem, frustrante trabalhar em grupo, mas necessário. Ninguém ganha nada sendo tirano. Eu não queria chegar em lugar nenhum, mas queria dar certo no que eu estava fazendo."

Joyce Pascowitch sobre cabelo marcante: 'Maior sinal de quem sou'

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Joyce comentou a relação com seu cabelo. "Meu cabelo é o maior sinal de quem eu sou. Ele é mais autônomo, me representa. Meu cabelo desarrumado diz quem eu sou e o resto vai junto. Diz que eu sou irreverente, que não ligo pra ser igual a todo mundo, que não tenho vergonha. Prendo muito ele porque às vezes ele é tão rebelde que eu mesmo não consigo."

Desculpa Alguma Coisa no UOL

Sem medo de ser cancelada, a escritora e roteirista Tati Bernardi faz seus convidados falarem o que nunca falariam. Os episódios ficam disponíveis toda quarta-feira no YouTube de Universa e no Canal UOL. Na TV, o programa vai ao ar toda quarta, às 22h30.

O Canal UOL também está disponível na Claro (canal nº 549), Vivo TV (canal nº 613), Sky (canal nº 88), Oi TV (canal nº 140), TVRO Embratel (canal nº 546), Zapping (canal nº 64), Samsung TV Plus (canal nº 2074) e no UOL Play.

Assista à entrevista completa com Joyce Pascowitch:

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