'40 anos deveriam ser o ápice da nossa vida', diz triatleta Amanda Lee
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Ao invés de desanimar, as mudanças que acontecem no corpo após os 40 anos deveriam ser um incentivo para a prática de exercícios. A opinião é da atriz e triatleta Amanda Lee, 46.
"Os 40 são o ápice da nossa vida, deveriam ser o ápice de a gente querer fazer várias coisas", diz ela, no sexto episódio da nova temporada do "Conexão VivaBem", apresentado por Flávia Alessandra no Canal UOL.
Com uma vida ativa desde a infância, Amanda diz que atualmente nada todos os dias, acorda às 4h duas vezes por semana para pedalar, faz musculação e ainda participa de provas de triatlo —modalidade que combina natação, ciclismo e corrida.
"Fui até atleta federada de handebol na adolescência", lembra. Na época, teve que escolher entre o esporte e o teatro —e acabou optando pela arte. "Deixei um pouco de lado algo que eu amo. Mas continuei me mexendo: corria na areia, fazia muay thai, jiu-jítsu, balé, jazz... Não sei que esporte eu não fiz. Talvez sumô", brinca.
Por influência do marido, o ex-jogador de vôlei Nalbert Bitencourt, ela também decidiu adicionar mais um esporte à lista. "Ele comprou uma bike em uma lojinha qualquer e ficava falando: 'Vamos lá comigo, é muito legal'. De tanto ele insistir, fiquei curiosa", conta.
Com a ajuda de um professor, aprendeu a "pedalar clipada" — com os pés fixos aos pedais, por meio de um sistema de encaixe usado com sapatilhas específicas.
Tanto o ciclismo quanto o trialto entraram na rotina da atriz após os 40 anos. "O triatlo entrou há mais ou menos 9 anos e o endurance, que são as provas mais longas, entrou quando eu tinha de 38 para 39 anos", afirma ela.
Amanda conta que foi depois dos 40 que ela completou o Ironman 70.3, também conhecido como Half Ironman (Meio Ironman), uma das formas de triatlo de meia distância: são 1,9 km de natação, 90,1 km de ciclismo e 21,1km de corrida.
Segundo especialistas, manter uma rotina como a de Amanda é possível após os 40 anos, mas requer atenção. "Se a pessoa já praticou atividade física, ela tem o que chamamos de memória motora, que facilita a retomada dos movimentos", explica Andre Vieira, preparador físico e treinador que acompanha a atriz e que também participou do programa.
A memória motora e muscular é a capacidade do corpo de reter informações sobre movimentos já realizados, o que contribui para a fluidez do retorno. Mesmo assim, o condicionamento aeróbico pode ser um desafio no início.
Já quem nunca treinou, diz Andre, deve começar com acompanhamento profissional. "Nessa fase, é importante que seja uma atividade prazerosa. Tem gente que começa super empolgada, treina sete dias seguidos e depois para. O essencial é a constância e a prudência."
Diminuição na taxa de metabolismo, perda de massa muscular e queda na densidade óssea são algumas das mudanças que acontecem no corpo após os 40, mas elas não são completamente irreversíveis. "Com os exercícios, a gente consegue melhorar força, equilíbrio, modalidade e até produção hormonal", diz Vieira.
Conexão VivaBem
Semanalmente, Flávia Alessandra comanda um papo sobre saúde, bem-estar e qualidade de vida com convidados especiais. Novos episódios ficam disponíveis toda terça no Youtube de VivaBem e no Canal UOL — na TV, o programa é exibido às 21h30. Assista ao episódio completo com Pocah no topo da página.
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