'Meu filho morreu após cirurgia de amígdala. Último suspiro no meu colo'
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Jéssica Nadjila conta como foi lidar com a morte repentina do seu filho Bruno, que na época tinha apenas dois anos. Ela divide sua história no 'Amar + Materna', programa apresentado por Mariana Kupfer que vai ao ar toda segunda-feira no YouTube de Universa e toda sexta às 20h no Canal UOL.
O menino era uma criança saudável e cheia de energia, mas vez ou outra sofria com infecção de garganta. Depois de entrar na escolinha, o problema passou a ser recorrente e os médicos recomendaram a cirurgia.
Depois de várias tentativas com tratamentos, Jéssica e o marido, que também se chama Bruno, decidiram operar o filho das amígdalas. Os pais não tinham bons pressentimentos em relação a submeter a criança a um procedimento cirúrgico, mas entenderam que não havia mais chances de tratar com medicamento.
No dia da cirurgia, Jéssica diz que o filho não queria ser operado. "Quando vieram buscar o Bruno, lembro dos gritos dele, ele não queria sair de perto de mim, Quando a enfermeira pegou ele para colocar na maca, parecia que ele não ia voltar. Senti isso", conta.

A previsão era de que a cirurgia demorasse 30 minutos. No entanto, levou mais de três horas para que o menino fosse levado de volta para o quarto.
"A equipe médica disse que teve um pequeno sangramento e que a demora era porque precisava estancar, que isso era normal. Disseram que o Bruno estava bem e que a cirurgia tinha sido um sucesso", lembra Jéssica.
Após dois dias de internação, Bruno recebeu alta e a família voltou para casa. No dia seguinte, durante o banho, aconteceu o inesperado: Bruno teve um sangramento intenso pela boca e broncoaspirou o líquido, ficando desacordado.
"Ele jorrava sangue pela boca, como uma mangueira ligada. Lembro como se fosse hoje: peguei ele no colo, ele chorou e broncoaspirou. Ele no meu colo deu seus últimos suspiros. Ali eu já via que tinha perdido o meu filho", conta a mãe.
Antes do socorro chegar, Jéssica fez massagem cardíaca para tentar salvá-lo:
Eu não queria soltar ele. Eu não chorei naquela hora. Você não sabe como uma mãe suporta e só desaba longe do filho.
No hospital, mesmo com as tentativas de reanimação, Bruno não voltou e os pais receberam a notícia da sua morte. "A gente achava que ia voltar os batimentos, mas não voltava."
Ela define o luto pela perda do filho como uma montanha-russa. "A cura não existe. Hoje você sorri, amanhã você chora", afirma.
Depois da morte do filho, Jéssica engravidou mais uma vez e teve Bela, que hoje está com um ano. "Ela veio como calmaria na vida da gente. Escolher ter a Bela foi a melhor escolha das nossas vidas", ela diz.
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